Iluminação: importante aliado dos projetos de design de interiores
Iluminar os ambientes de maneira funcional é um dos objetivos do projeto arquitetônico, proporcionado conforto visual e efeitos diferentes para espaços internos e externos.
Na entrada do apartamento, as paredes que levam à sala ganharam três luminárias embutidas em molduras de madeira com luz de Led contrapostas – uma por cima, outra por baixo, propositalmente, formando um efeito de luz relaxante de boas-vindas. A fita de LED sobre a estante tem a função de integrar os ambientes.
Além da funcionalidade, harmonização e beleza, os projetos de design de interiores vêm cada vez mais apontando para uma crescente preocupação em minimizar impactos ao meio ambiente, apostando em inovações e tecnologias que proporcionam economia de energia elétrica.
A tecnologia nos ajudou nesse sentido com o surgimento das lâmpadas LED, e isso também permite que novos desenhos sejam aplicados nas luminárias, que estão cada vez mais finas e fluidas. Assim, vamos encontrar luminárias com pendentes de variados modelos, como nos lustres antigos, com formatos que podem nos remeter até mesmo ao espaço sideral.
O LED veio para ficar, e as cores que vão ditar as tendências para este ano, segundo o especialista, são o cobre, além de tons neutros e clean. Designs limpos também estarão em alta, prevalecendo peças neutras – chamadas “curinga” –, que se encaixam em diferentes projetos. Continuarão sendo criadas peças exclusivas, que atendam a projetos específicos, tornando as peças personalizadas e com a cara do cliente. Nestes casos, em geral, o cliente está sendo assessorado por um arquiteto, facilitando a sintonia necessária para a criação dessas peças exclusivas. O cliente, em geral, sabe o que quer, o projeto já tem uma identidade, e a sintonia flui, facilitando nosso trabalho.
Muitos clientes chegam à loja com dúvidas, e as mais frequentes estão relacionadas com a cor de lâmpada a ser usada, que tamanho e a quantidade de spots necessária para determinados ambientes. Além de darmos essa orientação, indicamos profissionais para fazer a instalação e alertamos para ficarem atentos sobre os produtos ‘pirata’, que acabam lesando o consumidor final.
Na hora da compra, fique atento para a diferença entre luz fria (branca) e quente (amarela) – a fria remete a local de trabalho, ao despertar, ficar ligado, como escritório, cozinha, lavanderia; e a quente, para ambientes de aconchego, relaxamento, como salas, homes, quartos e varandas. E evite a compra de produtos antiecológicos, como as lâmpadas fluorescentes (poluentes) e incandescentes (já não se fabrica boa parte mais), que uma hora vão sair totalmente do mercado.
Luz fria: remete ao despertar, ficar ligado e é indicada para cozinhas.
Luz quente: para ambientes de aconchego.
SUSTENTABILIDADE – A empresa Empório Luz, comandada por Bruno Mantovani, que integra o meu time de fornecedores, está desenvolvendo uma linha de produtos produzidos com materiais recicláveis, com a marca ‘Bruno Mantovani Design’, que são fabricados com o reaproveitamento de sobras de caixas de madeira de frutas (uva, morango etc.), e uma das peças em produção é um abajur ecológico. Ele conta que também está investindo em uma ação de responsabilidade social: “Criei um projeto de reaproveitamento de metais, juntamente com uma ONG, visando gerar aprendizado e, quem sabe, ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho para jovens carentes”, diz Bruno. E garante: “Nesse sentido, teremos muitas novidades neste ano.”
Seguindo nessa linha, Bruno destaca, ainda, sua preocupação com a sustentabilidade. “É uma tendência mundial e, aos poucos, o Brasil vem aderindo a conceitos sustentáveis em reformas e construções, a exemplo das chamadas ‘casas inteligentes’, que são projetadas para garantir o reaproveitamento da água de chuva, e aplicação de equipamentos que valorizam a energia solar, entre outras alternativas ecológicas.
Bruno ressalta que “para que essa tendência continue crescendo e ganhando projeção, é fundamental que os clientes tenham a orientação de arquitetos no desenvolvimento de seus projetos, pois esses profissionais conseguem visualizar como será esse sonho e o tempo em que será realizado”. Ele lembra que “quando o cliente chega à loja sem o acompanhamento de um arquiteto, corre o risco de seu projeto não ter uma identidade”. E dá alguns exemplos: tem peças que não podem ser colocadas na varanda, pois venta muito, e não são adequadas. Outro detalhe, para quem tem “mania de limpeza’, são recomendadas peças mais práticas. E mais: se a cliente gosta do estilo clássico, mas seu marido do moderno, vamos buscar uma opção que satisfaça o gosto de ambos. “Para o arquiteto, fica mais fácil detectar essas nuances”, ele explica. Muitos detalhes devem ser observados em um projeto de iluminação, como otimização de espaço, tendência, harmonia, praticidade, identidade da família. “E o resultado final deve fazer com que cada projeto se transforme no melhor lugar do mundo para se morar”, conclui.